A igreja Católica moçambicana solidariza-se com as vítimas das cheias. Dom Germano Grachane, Bispo Emérito de Nacala, em breve entrevista ao www.txololoco.com: “O povo moçambicano é solidário, somos capazes de nos esquecermos do nosso próprio sofrimento para ajudar os outros, mas a solidariedade bem ordenada tem que começar em casa”.

Cheias em Boane (Estrada inundada)

Registados 6 óbitos, e mais de 36 mil pessoas afectadas pelas inundações causadas pelas chuvas intensas que afectam a capital moçambicana Maputo desde o passado dia 7/02/23. E um novo alerta sobre inundações foi dado para outros locais que ainda não sentiam os efeitos nefastos causados pelas águas.(Principalmente os locais ao longo do rio Incomáti)

Dom Grachane depois de participar da celebração do jubileu das Bodas de Diamante (75 anos da sua fundação) da Paróquia nossa Senhora das Candeias de Marracuene, na província de Maputo.

O Bispo, falando sobre a solidariedade para com as vítimas da calamidade natural que vem afetando a população desde o passado dia 7 de Fevereiro de 2023, disse: “Vamos ser solidário sim, a medida da sua pequinês… “ prosseguiu o Bispo “ mas esta é a fisiografia do relevo e a hidrografia de Moçambique… como se sabe o Moçambique está em forma de um plano inclinado, do Sul para o Norte. Todos os rios estão inclinados para o Mar.

Registadas 2 pontes desabadas, que cortaram a comunicação terrestre,entre Boane e Namaacha e Matola, 5 unidades Sanitárias afectadas e 13 instituições de ensino. Segundo dados dados publicados pelos organismos governamentais que acompanham o evoluir da situação.

Cerca de 4 comunidades pertencentes a Paróquia Nossa Senhora das Candeias encontram se sob o risco de serem afetadas pelas cheias. Segundo dados de um Boletim Meteorológico atualizado que alerta para a chegada de muita água sobre o Rio Incomáti que poderá trazer consigo cheias e inundações para as próximas horas, daí o apelo feito para a retirada das pessoas e comunidades que estão em locais próximos ao rio Incomáti.

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O padre Lucas Pelis, pároco da Paróquia Nossa Senhora das Candeias em Marracuene, disse a propósito da calamidade que afeta parte da província de Maputo que “Estamos acompanhando esta triste situação e em particular aos residentes de Boane, mas também aqui em Marracuene, com a previsão de cheias no rio Incomáti, também estamos preocupados com as comunidades que se encontram entre o rio e o Mar”.

O Pe. Lucas falando sobre a solidariedade para com as vítimas: “ Primeiramente manifestar a nossa atenção, o nosso carrinho, o nosso maior apoio, porque quando tiver necessidade estaremos prontos para socorrer. Penso que o maior gesto que o cristão possa fazer é o gesto de solidariedade”. O Sacerdote na breve entrevista concedida explicou que será organizado um apoio para a população sitiada com as águas.

Dom Grachane na missa dos 75 Anos da Par. N. S. das Candeias


Mais de 36 mil pessoas foram afectadas pelas cheias, registados 6 óbitos, mais de 4200 casas inundadas e foram criados 5 centros de Acomodação para assistência às vítimas, onde até ao dia 12 de Fevereiro de 2023 o organismo do governo responsável pela gestão de situações extrema o INGD Instituto Nacional de Gestão de Desastres.

O último informe dá conta de estar a se registar uma tendência das águas baixarem de nível. Os apoios aos Centros estão sendo feitos por via terrestre com pretensão de serem usados meios aéreos. O apelo feito é para que a população residente nas redondezas e proximidades dos rios que abandonem esses locais para outros mais seguros, pois o perigo ainda está eminente.

Por Samuel António

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